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Páginas: 128

Publicação Original: 1962

Nova Publicação: 2022

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Livro de estreia de Carlos Drummond de Andrade, Alguma poesia retorna em novo projeto, com posfácio de Ronaldo Fraga. 

 

“No meio do caminho”, “Poema de sete faces” e “Quadrilha” estão entre os poemas mais conhecidos de Carlos Drummond de Andrade, e todos fazem parte de Alguma poesia, seu livro de estreia, publicado em 1930, quando o poeta tinha 28 anos. Aqui, mais inequivocamente do que em qualquer outra de suas obras, transparece a influência da Semana de Arte Moderna de 1922 e, sobretudo, de Mário de Andrade, com quem Drummond manteve uma farta correspondência literária.

 

O ideário e a estética modernistas estão presentes na maneira como o poeta se coloca no mundo – recusando antigas idealizações e inserindo-se no cotidiano, “como qualquer homem da Terra”. Estão também no delicioso senso de humor que caracteriza muitos dos poemas aqui reunidos – “Cidadezinha qualquer”, “Papai Noel às avessas”, “Cota zero” e “Balada do amor através das idades” são bons exemplos. E, por fim, estão no enfrentamento do nacionalismo como tema, caso de “Europa, França, Bahia” e “Fuga”, entre outros.

A rebeldia alegre da modernidade surge acompanhada de uma lucidez inquieta, que traz questionamentos éticos, políticos e existenciais, pondo em dúvida o avanço técnico e o progresso – “Há máquinas terrivelmente complicadas para as necessidades mais simples”, escreve o poeta. Em meio a poemas marcados pela juventude e o frescor, já se revelava, com traços firmes, a típica inteligência drummondiana.

As novas edições da obra de Carlos Drummond de Andrade têm seus textos fixados por especialistas, com acesso inédito ao acervo de exemplares anotados e manuscritos que ele deixou. Em Alguma poesia, o posfácio é do estilista Ronaldo Fraga. O leitor encontrará também bibliografias selecionadas de e sobre Drummond; e a seção intitulada “Na época do lançamento”, uma cronologia dos três anos imediatamente anteriores e posteriores à primeira publicação do livro.

Bibliografias completas, uma cronologia de vida e obra do poeta e as variantes no processo de fixação dos textos encontram-se disponíveis por meio do código QR localizado na quarta capa deste volume.

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Conheça outras edições do livro e ouça as poesias de Drummond

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FIXAÇÃO DO TEXTO

Por Edmilson Caminha

ESTABELECIMENTO DO TEXTO DE ALGUMA POESIA

(BASE: ARQUIVO DA EDITORA RECORD)

OBRAS CONSULTADAS

Alguma poesia. 1ª ed. Belo Horizonte : Edições Pindorama, 1930. [AP1]

Poesias. 1ª ed. Rio de Janeiro : José Olympio, 1942. [P1]

Poesia até agora. 1ª ed. Rio de Janeiro : José Olympio, 1948. [PAA1]

50 poemas escolhidos pelo autor. 1ª ed. Rio de Janeiro : Ministério da Educação e Cultura, Serviço de Documentação, 1958. [50P1]

Poesia e prosa. Rio de Janeiro : Nova Aguilar, 1988. [PP]

Alguma poesia. Rio de Janeiro : Record, 2001. [APR]

Poesia completa. Rio de Janeiro : Nova Aguilar, 2003. [PC]

Arquivo eletrônico de Alguma poesia, Companhia das Letras. [APCL]

Acordo Ortográfico de 1990 [AO]

Biblioteca particular de Carlos Drummond de Andrade 

Não foram incluídas aqui as alterações decorrentes do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990.

 


POEMA “INFÂNCIA”

estrofe 1, versos 5 e 6: “lia a história de Robinson Crusoé, / comprida história que não acaba mais.”

[AP3]: “lia a história de Robinson Crusoé. / Comprida história que não acaba mais.”

POEMA “CASAMENTO DO CÉU E DO INFERNO”

verso 14: “Diabo espreita por uma frincha” separado do parágrafo 8, como em [AP1].

POEMA “LANTERNA MÁGICA”

II / SABARÁ

 

estrofes 1 e 2: separadas conforme [PC] e [ACL].

estrofe 3, verso 5: em caixa-alta, conforme [AP1] e [PC].

 

POEMA “SINAL DE APITO”

estrofe 1, verso 1: “Um silvo breve: Atenção, siga.”

[AP3]: “Um silvo breve Atenção, siga.”

 

POEMA “NOTA SOCIAL”

estrofe 1, verso 6: “como qualquer homem da Terra,”, conforme [PC] e [PP]

[PCN]: “como qualquer homem da terra,”

POEMA “OUTUBRO 1930” 

Os trechos corridos, como prosa (“De 5 em 5 minutos” (...), “O inimigo resistia” (...), “O general” (...) devem ter recuo de parágrafo e ser alinhados à esquerda e à direita, como em [PC].  

 

Sugiro que o travessão ( — ) seja usado apenas para indicar falas, como no poema “Sociedade”:

 

O homem disse para o amigo:                             No caminho o homem resmunga:

— Breve irei a tua casa                                       — Ora essa, era o que faltava.

 

 Nos outros casos, o travessão ( — ) deve ser substituído pelo traço ( – ), como no poema “O sobrevivente”:

 

Impossível escrever um poema – uma linha que seja – de verdadeira poesia.

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